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Grande Prémio de Espanha: Antevisão da Haas F1 Team

No Grande Prémio de Espanha, a Haas F1 Team vai levar para a pista de Barcelona uma evolução significativa do VF-17, mas os detalhes permanecem escondidos

Na Fórmula 1 a montanha da competitividade é incrivelmente íngrime e subi-la é ao mesmo tempo árduo e emocionante. Para a Haas F1 Team, que está na sua segunda temporada do Campeonato do Mundo FIA de Fórmula 1, o Circuito de Barcelona – Catalunya tem vindo a ser o seu campo base.

O circuito de 4,655 quilómetros e dezasseis curvas é a casa dos testes de Fórmula 1 para todas as equipas de Fórmula 1, onde ao longo de duas semanas, entre o final de Fevereiro e o início de Março, desvendaram os seus novos carros para depois realizarem o máximo de voltas possível com o objectivo de encontrar o equilíbrio aerodinâmico, a aderência mecânica e velocidade.

Enquanto a mais recente equipa de Fórmula 1 e a primeira formação norte-americana desde 1986, a Haas F1 Team tem apenas dois invernos de testes em Barcelona. Estes têm sido de um valor incrível, com a equipa a realizar o shakedown do seu primeiro carro no ano passado – o Haas VF-16 – e, depois, outro monolugar completamente novo, este ano, o VF-17, que foi construído de acordo com um novo regulamento técnico que inclui uma asa dianteira mais larga, derivas laterais maiores, uma asa traseira mais baixa e mais larga e um difusor expandido em cinquenta milímetros em altura e largura.

Pneus mais largos são também novidades, com os pneumáticos dianteiros a alargarem sessenta milímetros e os traseiros oitenta, um incremento de vinte e cinco por cento relativamente a 2016.

A Haas F1 Team registou setecentos e quinze volta nos testes realizados este ano em Barcelona, com Romain Grosjean e Kevin Magnussen a acumularem no seu conjunto 3328,325 quilómetros. Esta quilometragem foi uma indicação clara do crescimento da Haas F1 Team desde a sua temporada de estreia, 2016, uma vez que bateu a marca do ano anterior em duzentos e quarenta e uma voltas ou 1121,855 quilómetros.

“Foi possível verificar a diferença relativamente ao ano passado, quando tivemos o nosso primeiro teste de Inverno”, disse Grosjean. “A equipa estava muito mais preparada. Todos sabiam o que tinham de fazer. E o carro tem muito potencial que ainda não descobrimos. É uma boa base de trabalho”.

O potencial a que Grosjean se refere foi verificado com o sexto lugar na qualificação para o primeiro evento da temporada, o Grande Prémio da Austrália, e os resultados nos pontos de Magnussen, na China, e de Grosjean, no Bahrein.

Mas depois de quatro corridas em quatro pistas drasticamente diferentes e em quatro ambientes excepcionalmente distintos, é tempo de transformar esse potencial em resultados. Esse momento será no dia 14 de Maio, o Grande Prémio de Espanha, onde as equipas regressam a Barcelona para a quinta corrida da temporada de Fórmula 1.

Se alcançar o sucesso na Fórmula 1 é semelhante a escalar o Monte Evereste, então o Grande Prémio de Espanha é um acampamento de aclimatização. Uma corrida de sessenta e seis voltas precedida por duas sessões de treinos-livres de noventa minutos, outra de sessenta minuta no Sábado antes da qualificação, permitem às equipas avaliar as suas próprias performances e perante as suas adversárias.

Que tipo de melhoramentos foram feitos desde aqueles dias frios do final do Inverno? E que evoluções serão desvendadas para que os carros sejam competitivos por mais dezasseis corridas? Essas são as questões que as equipas tentarão responder no Grande Prémio de Espanha, onde a corrida ao armamento tecnológico terá o seu primeiro confronto.

A Haas F1 Team não é diferente, e levará para a pista uma evolução significativa do VF-17; no entanto, os detalhes permanecem escondidos. Mas tanto Grosjean como Magnussen estão conscientes destes componentes e de que forma os dados apontam para que descubram o verdadeiro potencial que ambos os pilotos sentem no carro, e por outro lado a forma como evoluirá a sua competitividade.

A sua performance, assim como o trabalho das restantes nove equipas, será bem visível no Grande Prémio de Espanha.

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