Sérgio Conceição fez esta quinta-feira a antevisão do jogo entre o FC Porto e o Moreirense, referente à 21.ª jornada da Liga 2018/19.

Em conferência de imprensa realizada no Olival, o treinador perspetivou um jogo difícil em Moreira de Cónegos.

O técnico garantiu que o FC Porto continuará a apostar na profundidade com uma das suas armas, mesmo perante a ausência de Marega, e manifestou confiança no processo da equipa. A jogar como jogou em Guimarães, os Dragões irão vencer “muitos jogos”, segundo Sérgio Conceição.

Um adversário diferente
“Esperamos um jogo difícil contra talvez a equipa revelação deste campeonato, uma equipa bem orientada, com jogadores muito interessantes, até com capacidade para jogar noutros patamares. Coletivamente tem uma dinâmica interessante, com bons princípios. Espera-nos um jogo difícil, à espera de tantos outros. É um adversário diferente do último, num campo diferente e com um ambiente diferente. Temos de preparar a melhor estratégia para ir a Moreira de Cónegos e ganhar o jogo.”

Jogar sem Marega
“Sem o Marega pode mudar um bocadinho, entrando outro jogador, seja num sistema de 4x3x3x ou 4x4x2. Vamos ver. Não vou dizer o que preparámos. Há a possibilidade de meter mais um homem no setor intermediário ou continuar com dois na frente. Temos soluções e amanhã apresentaremos o onze mais forte para ganhar os três pontos. O Marega é um grandíssimo jogador e fez ano e meio de grande nível, mas recordo que perdemos o Aboubakar no início da época e ninguém falou da ausência do Aboubakar. Há um momento da época em que perdemos também o Soares. Tivemos muito tempo a jogar só com um avançado e não foi por isso que não conseguimos fazer um trajeto na liga dos campeões acima da media. O Marega é talvez o jogador mais forte que já treinei nas transições, mas temos de encontrar soluções dentro da equipa e passará sempre pelo coletivo colmatar a ausência de um elemento tão importante.”

Sem abdicar da profundidade
“De uma forma geral, quero que a equipa explore muito bem a largura, que explore muito bem a profundidade, que tenha capacidade no jogo interior. Os jogadores podem ser diferentes mas os princípios estão lá. A tal profundidade pode ser dada pelo avançado mas também pelos laterais, por exemplo. Lembro-me de lances em que isso aconteceu com o Alex Telles. Há jogadores de setores diferentes que podem aparecer nessas zonas para explorar a profundidade. Vamos continuar a explorar a profundidade, mas com jogadores diferentes.”

Foco em Moreira de Cónegos
“Nos últimos jogos o FC Porto não tem sido muito feliz em Moreira de Cónegos. Há o risco normal de um jogo difícil do campeonato e não pensaremos em nada a não ser no jogo que teremos amanhã.”

Comportamentos pouco corretos
“Algumas situações que nos acontecem, por vezes passam despercebidas aos adeptos e aos jornalistas. Não estão a ver, por exemplo, se o apanha-bolas dá a bola na mão ou coloca a bola no chão. Nós vemos alguns comportamentos que não são os mais corretos. Existem também as reposições de bola do guarda-redes, as vezes em que o staff médico entra em campo. Acho que não houve nenhuma equipa contra o Vitória que conseguiu criar seis ou sete oportunidades claras. Criar isso é próprio da nossa equipa, pela intensidade que colocamos no jogo, mas essa intensidade não tem a ver com não saber ter bola. Nesse jogo por exemplo tivemos 70 por cento de posse de bola. Aquilo que vejo é que os adversários por vezes alterando a identidade da equipa.”

À espera de um Moreirense positivo
“O Moreirense está em quinto lugar e de certeza que isso não é porque perde tempo de jogo. É uma equipa super positiva, fiel à sua identidade, que passa por jogar e por ir à procura da baliza adversária.”

Dois jogos de castigo a Jesús Corona na Liga dos Campeões
“Eles devem ler os pensamentos dos jogadores, o que é que quer que lhe diga? Está disponível para amanhã, isso é que nos importa. A nossa Liga dos Campeões é amanhã.”

Confiança no processo
“Estávamos a cinco, neste momento estamos a três pontos. Perdemos pontos importantes, mas a jogar desta forma vamos ganhar muitas vezes e ganhar os jogos necessários, estamos convictos, para sermos campeões no final da época.

Dez brasileiros no plantel
“Sinceramente nem sabia que não havia tantos brasileiros, normalmente não estou atento à nacionalidade, à cor da pele, se gosta de ver filmes ou jogar Playstation. O que vejo é como ele é como pessoa, o seu caráter. Se é brasileiro, português, africano, não importa. Não diferencio o jogador pela sua nacionalidade. Quero é bons jogadores.”

Texto: FCP